Acabo de inaugurar uma nova série de desenhos no meu fotolog. A série chama-se FlowerBomb e trata-se de uma série de desenhos feitos a nanquim sobre papel sobre um emblema que criei: a flor-bomba ou a bomba-flor. Esse símbolo reúne características minhas, ora doce e inocente e pura como flor, ora uma terrorista incendiária como uma bomba. Juntar os dois numa coisa só descreve umas das minhas múltiplas personalidades.
A flor-bomba ora é bomba ora é flor, pode estar na minha cabeça numa paisagem ou vem junto com um detonador. A flor-bomba está dentro de todos nós.
A flor-bomba nasceu durante uma conversa de telefone, não porque estava conversando sobre ela no telefone, mas surgiu de um desenhinho do tédio, daqueles pequenos desenhos inconscientes que surgem durante conversas de telefone quando se tem papel e caneta na mão. O rabisco foi tomando forma, foi tomando vida, e aí está, uma série inteira que inclui poemas, situações, personagens, ou ela mesma sozinha, pura, prestes a explodir.
Para quem já conhece o meu fotolog com as colagens de espaços do tédio (salas de espera, repartições públicas, aeroportos, estações de metrô, etc...) já sacou que o meu lance é a explosão do espaço a partir de seus fragmentos, que se materializam em foto-colagens. A flor-bomba, digamos é o elemento que detona esse espaço.
28.10.04
24.10.04
Figura 7
Acontece no Rio de Janeiro, hoje, na Rua Theodor Herzl 42/401, Botafogo, das 17 às 22h, o Figura 7 mais uma edição do Projeto Figura comandado pelas fotógrafas cariocas Cláudia Tavares e Dani Soter. São exposições de 1 dia em locais não-institucionais exibindo novos artistas, uma forma de driblar a rigidez do circuito de arte institucional. Nesta edição, Silvio Tavares, Rachel Korman, Julia Traub, Chico Fernandes, Claudia Bakker, e Marcos Bonisson.
Eu já exibi trabalhos em dois Figuras ( o 3 e 4, em 2003) , e a minha página está aqui.
Eu já exibi trabalhos em dois Figuras ( o 3 e 4, em 2003) , e a minha página está aqui.
22.10.04
Bienal : love it or leave it
Ainda não fui à Bienal.
Mas ouvi dizer de algumas pessoas que está muito ruim.
Que a pintura não está com nada.
Que as instalações são péssimas.
Que o que salva são as fotografias e os vídeos.
Alguém já foi?
O que vocês acharam?
Mas ouvi dizer de algumas pessoas que está muito ruim.
Que a pintura não está com nada.
Que as instalações são péssimas.
Que o que salva são as fotografias e os vídeos.
Alguém já foi?
O que vocês acharam?
18.10.04
isto e arte?
O leitor Marcelo Barros postou um comentário no último post com perguntas muito pertinentes:
1. Você não acha que a arte pode ter códigos baixos (para ser apreciada por pessoas comuns) e códigos altos (que serão apreciados por pessoas com conhecimentos mais profundos de arte)? Arte, pra ser boa, precisa ser hermética?
Isso é o que o Clement Greenberg dizia. Ele teorizou que uma obra de arte tem vários níveis de percepção, a primeira impressão é a da surpresa onde o gosto do espectador é o que define se ele vai continuar decifrando a obra ou não. Se passar pela barreira do gosto, o segundo nível de percepção é o da projeção, ou seja, o espectador projeta na obra algo que lhe é familiar porque isso auxilia na compreensão do que está vendo, ou sentindo, e por isso sente empatia pela obra. Depois, os graus mais abaixo são os de identificação cultural, histórica, etc., que é o grau onde os especialistas atuam. Um especialista vai invariavelmente colocar o trabalho dentro de um contexto cultural e histórico e daí avaliar se a obra tem maior ou menor relevância dentro do contexto da própria arte, e depois para o mundo em geral.
Isso é o que Greenberg diz, a grosso modo. Camadas de significado para cada tipo de público.
Marcelo, eu acho perfeitamente possível uma obra se comunicar com um público especializado ou leigo. Só que não sei até que ponto um artista busca essa comunicação tão estreita com o público. O que eu vejo geralmente é a necessidade do artista em agradar os críticos e curadores, figuras que contêm uma vasta informação e acesso sobre as "tendências" da arte contemporânea. Para um artista jovem, ser contemplado para expor numa grande exposição é maravilhoso, porque a carreira de um artista se faz através da visibilidade da obra, e quanto mais visibilidade mais chances de vender, quanto mais vende, mais possível se torna a vida de um artista sem ter que recorrer aos "day jobs". Então, uma arte hermética pra crítico ver torna se arte "boa" só porque é reconhecida e legitimada pelo meio especializado.
Agora, isso não quer dizer que uma arte "boa" para crítico seja uma arte "boa" para o público-geral. O crítico/curador busca alguma coisa na obra que remeta a alguma questão da própria arte e que tenha relevância histórica e cultural, o público geralmente é bem menos exigente, quer mesmo é que a arte proporcione uma "good experience". O artista sempre oscila entre esses dois extremos, como fazer uma arte que seja uma "good experience" e que tenha ao mesmo tempo um significado maior do que a própria obra? Como conciliar em uma instalação, video, fotografia, pintura ou desenho, o significado pessoal, com o histórico, com o cultural, com o dito "fenomenológico"? Há obras que tocam em um desses aspectos, outras em outros. Mas em todos esses anos que estudei e olhei arte nunca ninguém me convenceu que arte tinha que ser hermética para ser boa. Existe arte hermética boa e ruim, como existe arte popular boa e ruim.
2. Retomando uma discussão que já rolou por aqui, transcrevo abaixo os comentários de alguns dos visitantes da 26ª Bienal de Artes de SP... Pessoas comuns que foram lá apreciar arte:
Obra: Vital Brasil.
Artista: Thiago Bortolozzo.
O que é: Uma estrutura de ripas de madeira, idêntica àquelas que os pedreiros usam em construções.
Comentário: "Será que isso é uma obra de arte ou a reforma do pavilhão? Tem muita coisa louca, fica difícil saber o que é instalação." (Teresa Brito, dona-de-casa)
Obra: The Field II
Artista: Ingrid Book e Carina Hedén
O que é: Pilhas de jornais com notícias do campo.
Comentário: "Para mim, é um monte de jornal empilhado, mas vai saber... Será que é arte ou pode pegar?" (Anderson Izidoro, caseiro)
Isso é arte?
Porque não seria?
Quer dizer, pra entender essa arte tem que ser especialista no assunto?
Não. Basta ter um pouco de senso de humor. O bom da arte contemporânea é que tem um pouco para todo mundo. É um exercício de tolerância.
Uma instalação é uma obra em aberto. Não é mais necessário uma definição de dicionário para pintura, escultura, desenho, etc. Tudo é possível, separadamente ou em conjunto. Mas concordo que a dona-de-casa possa ter se sentido perdida, ela obviamente não encontrou ali nada que pudesse reconhecer como "arte", não viu nada ilusório nem emoldurado. Acho que essa obra do Thiago fez com que ela avaliasse o que ela define como sendo arte, o que ela percebe como sendo arte. Esse é o mesmo questionamento que o própria artista se faz: o que é arte? o que pode ser arte? quais são os limites da arte? como posso transmitir, através da minha obra, uma nova definição ou possibilidade de arte?
Mas adorei o caseiro. Se fosse arte ele não poderia pegar no jornal? Só pelo fato desses jornais estarem expostos em um museu durante a bienal de arte já torna aquilo arte e dever ser elogiado, criticado, julgado como arte. Caso contrário, o que fariam esses jornais ali? Será que algum entregador da Folha de São Paulo resolveu dar uma soneca dentro do Ibirapuera durante o serviço? Arte contemporânea também é uma arte que pode não ter "cara" de arte, mas que, se estiver dentro de um espaço de arte, é arte e ponto final. Daí a proliferação de museus de arte contemporânea em qualquer cidadezinha de terceira mundo afora. O museu não é mais só para a arte antiga dos mortos, é também um espaço que legitima qualquer criação atual abrigada por ela. Agora, se pode pegar o jornal ou não é uma decisão dos artistas. Em alguns casos poderia, porque não?
Não é possível uma arte que se comunique tanto com uma dona-de-casa e com um caseiro num nível e com um professor de história da arte em outro nível?
Sim. Mas conseguir agradar a pluralidade dos espectadores da bienal é uma tarefa dantesca. O que um artista deve conseguir atingir em ambos públicos é fazer o espectador ver a arte sob uma nova ótica, uma nova possibilidade. E quando a arte é boa, o caseiro e o curadro vêem da mesma forma.
1. Você não acha que a arte pode ter códigos baixos (para ser apreciada por pessoas comuns) e códigos altos (que serão apreciados por pessoas com conhecimentos mais profundos de arte)? Arte, pra ser boa, precisa ser hermética?
Isso é o que o Clement Greenberg dizia. Ele teorizou que uma obra de arte tem vários níveis de percepção, a primeira impressão é a da surpresa onde o gosto do espectador é o que define se ele vai continuar decifrando a obra ou não. Se passar pela barreira do gosto, o segundo nível de percepção é o da projeção, ou seja, o espectador projeta na obra algo que lhe é familiar porque isso auxilia na compreensão do que está vendo, ou sentindo, e por isso sente empatia pela obra. Depois, os graus mais abaixo são os de identificação cultural, histórica, etc., que é o grau onde os especialistas atuam. Um especialista vai invariavelmente colocar o trabalho dentro de um contexto cultural e histórico e daí avaliar se a obra tem maior ou menor relevância dentro do contexto da própria arte, e depois para o mundo em geral.
Isso é o que Greenberg diz, a grosso modo. Camadas de significado para cada tipo de público.
Marcelo, eu acho perfeitamente possível uma obra se comunicar com um público especializado ou leigo. Só que não sei até que ponto um artista busca essa comunicação tão estreita com o público. O que eu vejo geralmente é a necessidade do artista em agradar os críticos e curadores, figuras que contêm uma vasta informação e acesso sobre as "tendências" da arte contemporânea. Para um artista jovem, ser contemplado para expor numa grande exposição é maravilhoso, porque a carreira de um artista se faz através da visibilidade da obra, e quanto mais visibilidade mais chances de vender, quanto mais vende, mais possível se torna a vida de um artista sem ter que recorrer aos "day jobs". Então, uma arte hermética pra crítico ver torna se arte "boa" só porque é reconhecida e legitimada pelo meio especializado.
Agora, isso não quer dizer que uma arte "boa" para crítico seja uma arte "boa" para o público-geral. O crítico/curador busca alguma coisa na obra que remeta a alguma questão da própria arte e que tenha relevância histórica e cultural, o público geralmente é bem menos exigente, quer mesmo é que a arte proporcione uma "good experience". O artista sempre oscila entre esses dois extremos, como fazer uma arte que seja uma "good experience" e que tenha ao mesmo tempo um significado maior do que a própria obra? Como conciliar em uma instalação, video, fotografia, pintura ou desenho, o significado pessoal, com o histórico, com o cultural, com o dito "fenomenológico"? Há obras que tocam em um desses aspectos, outras em outros. Mas em todos esses anos que estudei e olhei arte nunca ninguém me convenceu que arte tinha que ser hermética para ser boa. Existe arte hermética boa e ruim, como existe arte popular boa e ruim.
2. Retomando uma discussão que já rolou por aqui, transcrevo abaixo os comentários de alguns dos visitantes da 26ª Bienal de Artes de SP... Pessoas comuns que foram lá apreciar arte:
Obra: Vital Brasil.
Artista: Thiago Bortolozzo.
O que é: Uma estrutura de ripas de madeira, idêntica àquelas que os pedreiros usam em construções.
Comentário: "Será que isso é uma obra de arte ou a reforma do pavilhão? Tem muita coisa louca, fica difícil saber o que é instalação." (Teresa Brito, dona-de-casa)
Obra: The Field II
Artista: Ingrid Book e Carina Hedén
O que é: Pilhas de jornais com notícias do campo.
Comentário: "Para mim, é um monte de jornal empilhado, mas vai saber... Será que é arte ou pode pegar?" (Anderson Izidoro, caseiro)
Isso é arte?
Porque não seria?
Quer dizer, pra entender essa arte tem que ser especialista no assunto?
Não. Basta ter um pouco de senso de humor. O bom da arte contemporânea é que tem um pouco para todo mundo. É um exercício de tolerância.
Uma instalação é uma obra em aberto. Não é mais necessário uma definição de dicionário para pintura, escultura, desenho, etc. Tudo é possível, separadamente ou em conjunto. Mas concordo que a dona-de-casa possa ter se sentido perdida, ela obviamente não encontrou ali nada que pudesse reconhecer como "arte", não viu nada ilusório nem emoldurado. Acho que essa obra do Thiago fez com que ela avaliasse o que ela define como sendo arte, o que ela percebe como sendo arte. Esse é o mesmo questionamento que o própria artista se faz: o que é arte? o que pode ser arte? quais são os limites da arte? como posso transmitir, através da minha obra, uma nova definição ou possibilidade de arte?
Mas adorei o caseiro. Se fosse arte ele não poderia pegar no jornal? Só pelo fato desses jornais estarem expostos em um museu durante a bienal de arte já torna aquilo arte e dever ser elogiado, criticado, julgado como arte. Caso contrário, o que fariam esses jornais ali? Será que algum entregador da Folha de São Paulo resolveu dar uma soneca dentro do Ibirapuera durante o serviço? Arte contemporânea também é uma arte que pode não ter "cara" de arte, mas que, se estiver dentro de um espaço de arte, é arte e ponto final. Daí a proliferação de museus de arte contemporânea em qualquer cidadezinha de terceira mundo afora. O museu não é mais só para a arte antiga dos mortos, é também um espaço que legitima qualquer criação atual abrigada por ela. Agora, se pode pegar o jornal ou não é uma decisão dos artistas. Em alguns casos poderia, porque não?
Não é possível uma arte que se comunique tanto com uma dona-de-casa e com um caseiro num nível e com um professor de história da arte em outro nível?
Sim. Mas conseguir agradar a pluralidade dos espectadores da bienal é uma tarefa dantesca. O que um artista deve conseguir atingir em ambos públicos é fazer o espectador ver a arte sob uma nova ótica, uma nova possibilidade. E quando a arte é boa, o caseiro e o curadro vêem da mesma forma.
11.10.04
O melhor artista-pate
O meu querídissimo amigo LLL está fazendo uma semana de textos comemorativos da morte de Jacques Derrida, um filósofo francês da geração de 68.
Na semana passada passei no concurso para o Mestrado em Linguagens Visuais da UFRJ, com direito a bolsa e tudo, e para isso passei o último mês forrando a minha mente com os últimos 150 anos de história da arte, incluindo aí todos os textos pós-modernos que incluem Derrida, Foucault, Deleuze, etc...Parecia até que eu estava estudando para o mestrado em filosofia, mas não, era para o mestrado de arte mesmo.
Fazer mestrado em arte significa criar um discurso cheio de notas de rodapé para agradar o pessoal da banca. Com o mestrado vou poder dar aulas em universidade e fazer com os alunos exatamente o que eles vão fazer comigo: estufar o pobres coitados de fiflosofia da arte inintelígivel como se estufa um ganso para que dele saia o melhor pâté, ou a malhor arte-pâté.
Quem acha que mestrado em arte no Brasil é só aprender a ter mais consistência nas pinceladas está muitíssimo enganado. Porque hoje em dia, depois do papo pós-moderno/estruturalista, dizer que a pincelada tenha valor intrínseco em si é quse um crime inafiançável. Nada mais pode ser como lhe parece. E com esse modus operandi, todo o romantismo que um artista tem em relação ao seu trabalho escorre para o ralo. O resultado é arte carreirista, aquela arte que o cara sabe que vai ser aceita por todos os críticos e teóricos, mas que o público olha e faz cara de quem chupou um limão azedo. Quer dizer, quanto menos popular, melhor é, porque arte é coisa para especialistas, quase como a física para os físicos, tem importância para a própria disciplina, mas não diz nada para um ser humano qualquer. Não que eu seja a favor de uma arte de fácil aceitação, porque quem faz isso no fundo é um decorador de interiores frustrado, mas que o artista, no mínimo, tenha um compromisso com a sua própria sintaxe, seja ela fundamentada pela escola de Frankfurt, pelos franceses de 68 ou por qualquer outro pensamento construído a priori. quando isso acontece, vê-se a arte que é ilustração de conceito e que morre por aí, ou seja, existem muitos artistas que adoram parir fetos nati-mortos.
O desafio para mim, ou qualquer um que entre para a academia é manter a sua própria liberdade. POrque a "corja francesa" está aí, de tesoura na mão, para cortar as asas dos mais astutos. Só surta quem achar que a teoria está além da sua obra, quando geralmente é o oposto. Não há teoria capaz de dar conta da obra de um artista. As críticas e os historicismos são apenas construções para tentar derrubar qualquer indício de vida e inteligência na arte.
Na semana passada passei no concurso para o Mestrado em Linguagens Visuais da UFRJ, com direito a bolsa e tudo, e para isso passei o último mês forrando a minha mente com os últimos 150 anos de história da arte, incluindo aí todos os textos pós-modernos que incluem Derrida, Foucault, Deleuze, etc...Parecia até que eu estava estudando para o mestrado em filosofia, mas não, era para o mestrado de arte mesmo.
Fazer mestrado em arte significa criar um discurso cheio de notas de rodapé para agradar o pessoal da banca. Com o mestrado vou poder dar aulas em universidade e fazer com os alunos exatamente o que eles vão fazer comigo: estufar o pobres coitados de fiflosofia da arte inintelígivel como se estufa um ganso para que dele saia o melhor pâté, ou a malhor arte-pâté.
Quem acha que mestrado em arte no Brasil é só aprender a ter mais consistência nas pinceladas está muitíssimo enganado. Porque hoje em dia, depois do papo pós-moderno/estruturalista, dizer que a pincelada tenha valor intrínseco em si é quse um crime inafiançável. Nada mais pode ser como lhe parece. E com esse modus operandi, todo o romantismo que um artista tem em relação ao seu trabalho escorre para o ralo. O resultado é arte carreirista, aquela arte que o cara sabe que vai ser aceita por todos os críticos e teóricos, mas que o público olha e faz cara de quem chupou um limão azedo. Quer dizer, quanto menos popular, melhor é, porque arte é coisa para especialistas, quase como a física para os físicos, tem importância para a própria disciplina, mas não diz nada para um ser humano qualquer. Não que eu seja a favor de uma arte de fácil aceitação, porque quem faz isso no fundo é um decorador de interiores frustrado, mas que o artista, no mínimo, tenha um compromisso com a sua própria sintaxe, seja ela fundamentada pela escola de Frankfurt, pelos franceses de 68 ou por qualquer outro pensamento construído a priori. quando isso acontece, vê-se a arte que é ilustração de conceito e que morre por aí, ou seja, existem muitos artistas que adoram parir fetos nati-mortos.
O desafio para mim, ou qualquer um que entre para a academia é manter a sua própria liberdade. POrque a "corja francesa" está aí, de tesoura na mão, para cortar as asas dos mais astutos. Só surta quem achar que a teoria está além da sua obra, quando geralmente é o oposto. Não há teoria capaz de dar conta da obra de um artista. As críticas e os historicismos são apenas construções para tentar derrubar qualquer indício de vida e inteligência na arte.
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