29.8.06

Blog do Uere

Há alguns meses, o Projeto Uerê, ONG que cuida de crianças poli-traumatizadas na Favela da Maré, lançou o Blog do Uerê, projeto piloto da iniciativa Vamos Blogar, chefiado pela Saori Taichi e criado durante a residência com o programa Reuters Digital Visions em Stanford no ano passado. Saori, além de ser a minha melhor amiga desde a infância, é uma super top programadora da empresa Reuters, mas que nunca deixou que a vida de executiva tirasse a visão de que tecnologia pode ser usada como meio de integração social.

Eu fui colaboradora no projeto e agora estou desenhando uma interface de publicação do blog mais adequada a crianças que não sabem ler ou escrever direito. Em um teste de usabilidade que fiz com as crianças, descobri que elas não conseguem enxergar os botões no meio de tanta letrinha na tela, e que a maioria das interfaces para eles é muito muito confusa, muito cheia de comandos. Basicamente, eles confirmaram uma suposição que provamos á tempos: NINGUEM lê nada na tela, até os usuários mais avançados.

O objetivo do projeto é usar a ferramenta do blog para ajudar crianças com problemas de aprendizado a melhorarem seus skills escritos. Junto com isso, claro, é preciso que todos eles escrevam matérias ou façam desenhos. Para tanto aprendem a desenhar com Illustrator e Photoshop, aprendem a digitar textos em Word, e aprendem os básicos sobre Internet e email. Aprendem muito rápido. Até editaram vídeo no iMovie sem problema nenhum, e agora o blog estará equipado com webcams e assim começarão a fazer vídeos para streaming.

É impressionante como um simples blog pode ensinar tanta coisa a essas crianças e como o contato com o computador dá um certo tipo de "empowerment". Já ficaram tão fluentes com o blog que alguns deles têm blogs individuais, linkados no Blog do Uerê, com llinha de pensamento, direcionamento editorial, e tudo mais. Tudo isso poderá ajudá-los a ter os skills básicos para poderem ter um primeiro emprego decente.

Se tiverem tempo, passem lá e comentem. As crianças realmente adoram responder comentários e assim poder entender a abrangência da rede e de como podem se tornar "visíveis" para milhares de pessoas. Participem!

Visual complexity

Um dos sites mais maneiros sobre complexidade visual, arte algorítmica, e essas coisas em que eu me amarro.

22.8.06

Grupo Doc Online

Meu coletivo de artistas, o Grupo DOC (Desordem Obsessiva e Compulsiva) lançou semana passada o seu site.

Somos os orgulhosos organizadores da Nano Exposição, que já conta com 6 edições e caminhando para mais algumas. É uma exposição composta de obras que obrigatoriamente têm que ter menos de 10 centímetros. É uma maneira de falarmos sobre a monumentalidade e o dispêndio na arte contemporânea. Juntamos 200 artistas, enfiamos todas as obras em uma mala de tamanho médio, e nos fomos Brasil afora e até a Colômbia.

Em outubro inauguramos a FAKE na Galeria 90 no Rio. O elenco de amigos artistas convidados é sensacional com obras em vídeo, mídia digital, fotografia, som, objeto, pintura, you name it. O assunto começou com um papo nosso sobre pirataria e simulacros e terminou no pop trash total. Vai ser interessante.

E como obsessivos-compulsivos de primeira grandeza, nunca temos menos de 2 projetos encaminhados. Em breve o /Nubes/ e o /Equivalents/, mas só ano que vem.

O DOC é composto pelos artistas cariocas Isabel Löfgren (que vos fala), Patricia Gouvêa, Mauro Bandeira, e Marco Antonio Portela. todos com síndrome de doc. meio nervosinhos também.

Visitem!

18.8.06

Cadavre Exquis Dissertificado

Queria escrever uma dissertação assim, de modo automático, como uma colagem. Acho que o resultado em academês/arte-contemporanês seria o mesmo. Uma espécie de "cadavre exquis", aquele exercício de escrita automática dos surrealistas em que cada um continuava o desenho a partir de uma pista deixada no papel pelo artista anterior...quem não brincou disso com os amigos na escola?

Encontrei o Exquisite Cadavulator no excelente site Language is a Virus, que contém muitos links e language engines sobre escrita automática, desde os surrealistas até os beats and beyond.

Como experimento para uma empreitada bastante pública que botarei no mundo em breve,
aqui vai o resultado do Dada poem gerado com os textos do Book of Hours:

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