14.2.05

Quem nao tem cao, cassa com vibrador movel

Ultimamente tenho feito um intensivão sobre relacionamentos online. Este assunto há muito tempo me fascina, e a cada dia vou mais fundo na minha pesquisa. Já sou cadastrada em 7 serviços de namoro online com 7 personas diferentes que variam da romântica à profissional em busca de amor à dominatrix impiedosa. É divertidíssimo. As cartas que me escrevem e as fotos que recebo são hilárias e incríveis -- tema para uma nova série de trabalhos de arte todos calcados em cima dessa "nova economia da libido". Se há um uso para a internet, além das pentelhações corporativas com que tenho que lidar no meu dia-a-dia profissional, é esse: internet é o melhor lugar para o amor.

Reparem como tudo online toma um tom amigável...pessoas que nunca te encontraram mas que religiosamente lêem seus blogs são tão afetuosos que parece que você os conhece desde pequenininhos. Amizades online sem cara sem cor nem credo são uma delícia porque não têm o embaraço do "momento". Você lê, posta no seu fotolog, comenta no blog do outro, cata um amigo distante por MSN. É tudo lindo. Pois no lado do amor, o cenário é feroz. Quem nunca ouviu falar de um amigo que encontrou o amor da sua vida online? Quem de vocês nunca viu ou buscou por um videozinho pornô? Quantas de vocês são "cam-girls" (estrelas pornô de webcam)? Quem de vocês não participa de clubinhos virtuais de sadô-masô, ou busca pelos seus fetiches mais insólitos na surdina do seu computador?

A economia da incompletude (incompletion) é gigantesca. Aqui somos todos voyeurs uns dos outros, mandando fotos pra lá, recebendo vídeos pra cá, e firme na masturbação. Depois...o vazio...Mas nem sempre é assim...Ouvi dizer de um amigo em Nova York, que a galera que trabalha (e que consequentemente não tem tempo pra nada) começa as preliminares online, marca o lugar de encontro quando a conversa começa a ficar apimentada, e meia hora depois já estão rolando na cama. Os círculos literários, ouvi dizer também, começam as intelectualidades via messenger e depois se encontram em cafés para fechar negócios ou continuar o papo-cabeça. Se terminam na cama ou não, aí já não sei.

É tudo muito romântico, como deve ser. A colunista Regina Lynn da Wired Magazine escreve regularmente sobre sexo e tecnologia. Foi lá que eu descobri que para se tornar uma cam-girl basta montar um site no My Adult Site e começar a faturar uma grana, pagável via PayPal. Ou então, para as garotas mais pudicas mas não menos sacanas pode-se obter um prazer enorme, e na surdina, com um telefone celular, o VibraFun, aliás, um aparelhinho que já vem testado com usabilidade e tudo. Esse vibrador-fone é como modess, fininho e não deixa mancha.

Mas será que dá pra substituir o corpo com essa tecnologia toda?