Recebi o seguinte comentário do H. , em resposta à pergunta: até que ponto o relacionamento virtual pode ser um subsituto para um relacionamento real, de corpo?
H. comentou:
Não substitui. Posso garantir.
Conheci minha ex-namorada em um chat e namoramos por três meses, me apixonei perdidamente por sua inteligência e experiênica de vida; mas quando conversávamos via msn era terrível. Sempre brigávamos e era insuportável mais que 15 minutos de conversa online. Ao vivo nos dávamos muito bem, tanto que o namoro terminou por outros motivos extras, mas online posso lhe dizer que era broxante.
Queria saber se vocês tem alguma história para compartillhar. Me fascina essa capacidade afetiva da internet, tenho visto isso em muitos sites de namoro, que são o alvo da minha pesquisa comportamental e visual de agora. Me pergunto se o amor através dessa mídia é diferente por causa da mídia, se a facilidade tecnológica dita um certo tipo de comportamento antes impossível. Ao mesmo tempo fico analisando os romances epistolares escritos desde que o mundo é mundo e acho que as versões online e instantâneas são uma versão eletrônica desse gênero literário. Aliás, boa pergunta, as pessoas se relacionam online porque procuram uma camada literária e romântica em suas vidas? Acredito que o cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano, e o relacionamento online, impulsionado por palavras atinge o cérebro antes do corpo. Mas até que ponto não precisamos de sinestesia? Até que ponto a culpa é da tecnologia?
Acho que esse meio de relacionamento vistual é uma espécie de purgatório do ser, um limbo do amor. Quando é que vocês decidiram que era a hora de "encontrar" o outro? Será que era só um relacionamento construído de palavras? E quando as palavras não bastaram, o que vocês fizeram?
Querem dividir histórias de sucesso? de derrota?