Geralmente eu saio das aulas do mestrado em arte completamente confusa com tanto Derrida à minha volta explicando a différence da différance, a importância da legenda na obra de arte e outros esoterismos afins. Na última aula particularmente, o professor mencionou tantos textos que abri uma página do meu caderno só com a bibliografia de 25 textos mencionados dos quais eu nem sabia da existência. Chamem-me de ignorante, mas eu não tinha idéia de quem era o Guy Debord, nem o que era o Situacionismo Internacional, que de cara me deu a sensação de ser um movimento estudantil anarquista filosófico francês dos anos 60.
Acertei.
Fora o Guy Debord também ter sido acometido pela onda de suicídio na intelectualidade francesa, como o Gilles Deleuze, (o Derrida conseguiu morrer antes de se suicidar, foi se desconstruindo aos poucos), achei a Sociedade do Espetáculo bem interessante. Prega a desordem e o anarquismo total. Importante no tempo em que atuavam, dos anos 60 até 72.
Como todo movimento de arte do século 20, pretendia destruir o status-quo da arte e inseri-la em um novo contexto. Segundo o grupo Situacionista a intenção era não criar quase nenhuma distinção entre arte e vida cotidiana. Eles diziam: ou a arte é revolucionária ou ela não é nada. Isso se traduz em termos práticos em ações (que hoje chamam loosely de "performances", mais ou menos) artísticas que de alguma forma perturbam a ordem e o andar normal da cidade ou de dada situação a priori, por exemplo; uma obra que depende de um contexto maior do que o contexto apenas pessoal para acontecer, que precisa de uma situação para ser ativada, que precisa ativar agentes externos para daí extrair significado para si. Tipo, tipo assim, tipo....pensa em qualquer obra de arte que vocês não consideram arte e é isso mesmo.
Parece lugar-comum hoje, mas esse movimento acabou influenciando diretamente ou indiretamente grande parte das "revoluções" estílisticas que se refletem na arte contemporânea hoje....peraí....será? Todas as teorias francesas tendem a querer ser superiores às outras, oferecendo uma visão de mundo completa qual quer que seja a orientação. Não sei se sou situacionista, desconstrutivista, estruturalista ou fenomenológica. O fato é que essas intelectualidades francesas penetraram nos estados unidos e tornou-se quase dominante nos estudos culturais (arte, mídia, etc...) nas universidades, salvo alguns alemães que continuaram a majestade alemã nesse....etcetera, etcetera, etcetera.
Cansei de explicar. Rafael tinha razão, vcs devem estar batendo cabeça se leram até aqui...
Esse ensaiozinho sacaneta enchendo o saco dos situacionistas deve elucidar sobre a questão. Enfim um pouco de senso de humor nessas teorias.
How to talk like a Situationist
by Anonymous
1. Learn French. No self-respecting situationist would dream of not knowing it.
2. Always use the most obscure language possible. Get lots of big scholarly words from a dictionary and use them often.
Poor: "Things are bad."
Better: "The formative mechanism of culture amounts to a reification of human activities which fixates the living and models the transmission of experience from one generation to another on the transmission of commodities; a reification which strives to ensure the past's domination over the future."
3. In particular, the words "boredom" (as in "there's nothing they won't do to raise the standard of boredom"), "poverty" (of the university, of art), and "pleasure" are important tools in the young situationist's kit, and use of them will greatly enhance your standing in the situationist community.
4. Make frequent reference to seventy year-old art movements like Dada and Surrealism. Work the subject into your conversations as often as possible, however irrelevant.
5. Vehemently attack "The University" and "Art" whenever possible (phrases like "the scrap-heap of Art" or "the stench of Art" are particularly effective). Attend as prestigious a school as possible and make sure your circle of friends contains no less than 85% artists.
6. Cultivate a conceit and self-importance bordering on megalomania. Take credit for spontaneous uprisings in far-flung corners of the world, sneer at those who oppose or disagree with you.
7. Denounce and exclude people often. Keep your group very small and exclusive -- but take it for granted that every man, woman, and child in the Western Hemisphere is intimately familiar with your work, even if no more than ten people actually are.
8. Detournement: Cut a comic strip out of the paper (serious strips like 'Terry and the Pirates' and 'Mary Worth' are preferred), and change the dialogue. Use lots of situationist language. What fun!
9. Use Marxian reverse-talk. This is a sure-fire way of alerting people to the fact that you are a situationist or are eager to become one: "the irrationality of the spectacle spectacularises rationality," "separate production as production of the separate."
10. Invoke "the proletariat," factories, and other blue-collar imagery as often as possible, but do not under any circumstances asociate with or work with real proletarians. (Some acceptable situationist jobs are: student, professor, artist.)
11. By all means avoid such repugnant proletarian accoutrements as: novelty baseball hats, rock group T-shirts, 'Garfield' or 'Snoopy' posters (no matter how "political"), and vulgar American cigarettes like 'Kent' or 'Tareyton'.
22.8.05
Situacionismo
Geralmente eu saio das aulas do mestrado em arte completamente confusa com tanto Derrida à minha volta explicando a différence da différance, a importância da legenda na obra de arte e outros esoterismos afins. Na última aula particularmente, o professor mencionou tantos textos que abri uma página do meu caderno só com a bibliografia de 25 textos mencionados dos quais eu nem sabia da existência. Chamem-me de ignorante, mas eu não tinha idéia de quem era o Guy Debord, nem o que era o Situacionismo Internacional, que de cara me deu a sensação de ser um movimento estudantil anarquista filosófico francês dos anos 60.
Acertei.
Fora o Guy Debord também ter sido acometido pela onda de suicídio na intelectualidade francesa, como o Gilles Deleuze, (o Derrida conseguiu morrer antes de se suicidar, foi se desconstruindo aos poucos), achei a Sociedade do Espetáculo bem interessante. Prega a desordem e o anarquismo total. Importante no tempo em que atuavam, dos anos 60 até 72.
Como todo movimento de arte do século 20, pretendia destruir o status-quo da arte e inseri-la em um novo contexto. Segundo o grupo Situacionista a intenção era não criar quase nenhuma distinção entre arte e vida cotidiana. Eles diziam: ou a arte é revolucionária ou ela não é nada. Isso se traduz em termos práticos em ações (que hoje chamam loosely de "performances", mais ou menos) artísticas que de alguma forma perturbam a ordem e o andar normal da cidade ou de dada situação a priori, por exemplo; uma obra que depende de um contexto maior do que o contexto apenas pessoal para acontecer, que precisa de uma situação para ser ativada, que precisa ativar agentes externos para daí extrair significado para si. Tipo, tipo assim, tipo....pensa em qualquer obra de arte que vocês não consideram arte e é isso mesmo.
Parece lugar-comum hoje, mas esse movimento acabou influenciando diretamente ou indiretamente grande parte das "revoluções" estílisticas que se refletem na arte contemporânea hoje....peraí....será? Todas as teorias francesas tendem a querer ser superiores às outras, oferecendo uma visão de mundo completa qual quer que seja a orientação. Não sei se sou situacionista, desconstrutivista, estruturalista ou fenomenológica. O fato é que essas intelectualidades francesas penetraram nos estados unidos e tornou-se quase dominante nos estudos culturais (arte, mídia, etc...) nas universidades, salvo alguns alemães que continuaram a majestade alemã nesse....etcetera, etcetera, etcetera.
Cansei de explicar. Rafael tinha razão, vcs devem estar batendo cabeça se leram até aqui...
Esse ensaiozinho sacaneta enchendo o saco dos situacionistas deve elucidar sobre a questão. Enfim um pouco de senso de humor nessas teorias.
How to talk like a Situationist
by Anonymous
1. Learn French. No self-respecting situationist would dream of not knowing it.
2. Always use the most obscure language possible. Get lots of big scholarly words from a dictionary and use them often.
Poor: "Things are bad."
Better: "The formative mechanism of culture amounts to a reification of human activities which fixates the living and models the transmission of experience from one generation to another on the transmission of commodities; a reification which strives to ensure the past's domination over the future."
3. In particular, the words "boredom" (as in "there's nothing they won't do to raise the standard of boredom"), "poverty" (of the university, of art), and "pleasure" are important tools in the young situationist's kit, and use of them will greatly enhance your standing in the situationist community.
4. Make frequent reference to seventy year-old art movements like Dada and Surrealism. Work the subject into your conversations as often as possible, however irrelevant.
5. Vehemently attack "The University" and "Art" whenever possible (phrases like "the scrap-heap of Art" or "the stench of Art" are particularly effective). Attend as prestigious a school as possible and make sure your circle of friends contains no less than 85% artists.
6. Cultivate a conceit and self-importance bordering on megalomania. Take credit for spontaneous uprisings in far-flung corners of the world, sneer at those who oppose or disagree with you.
7. Denounce and exclude people often. Keep your group very small and exclusive -- but take it for granted that every man, woman, and child in the Western Hemisphere is intimately familiar with your work, even if no more than ten people actually are.
8. Detournement: Cut a comic strip out of the paper (serious strips like 'Terry and the Pirates' and 'Mary Worth' are preferred), and change the dialogue. Use lots of situationist language. What fun!
9. Use Marxian reverse-talk. This is a sure-fire way of alerting people to the fact that you are a situationist or are eager to become one: "the irrationality of the spectacle spectacularises rationality," "separate production as production of the separate."
10. Invoke "the proletariat," factories, and other blue-collar imagery as often as possible, but do not under any circumstances asociate with or work with real proletarians. (Some acceptable situationist jobs are: student, professor, artist.)
11. By all means avoid such repugnant proletarian accoutrements as: novelty baseball hats, rock group T-shirts, 'Garfield' or 'Snoopy' posters (no matter how "political"), and vulgar American cigarettes like 'Kent' or 'Tareyton'.
Acertei.
Fora o Guy Debord também ter sido acometido pela onda de suicídio na intelectualidade francesa, como o Gilles Deleuze, (o Derrida conseguiu morrer antes de se suicidar, foi se desconstruindo aos poucos), achei a Sociedade do Espetáculo bem interessante. Prega a desordem e o anarquismo total. Importante no tempo em que atuavam, dos anos 60 até 72.
Como todo movimento de arte do século 20, pretendia destruir o status-quo da arte e inseri-la em um novo contexto. Segundo o grupo Situacionista a intenção era não criar quase nenhuma distinção entre arte e vida cotidiana. Eles diziam: ou a arte é revolucionária ou ela não é nada. Isso se traduz em termos práticos em ações (que hoje chamam loosely de "performances", mais ou menos) artísticas que de alguma forma perturbam a ordem e o andar normal da cidade ou de dada situação a priori, por exemplo; uma obra que depende de um contexto maior do que o contexto apenas pessoal para acontecer, que precisa de uma situação para ser ativada, que precisa ativar agentes externos para daí extrair significado para si. Tipo, tipo assim, tipo....pensa em qualquer obra de arte que vocês não consideram arte e é isso mesmo.
Parece lugar-comum hoje, mas esse movimento acabou influenciando diretamente ou indiretamente grande parte das "revoluções" estílisticas que se refletem na arte contemporânea hoje....peraí....será? Todas as teorias francesas tendem a querer ser superiores às outras, oferecendo uma visão de mundo completa qual quer que seja a orientação. Não sei se sou situacionista, desconstrutivista, estruturalista ou fenomenológica. O fato é que essas intelectualidades francesas penetraram nos estados unidos e tornou-se quase dominante nos estudos culturais (arte, mídia, etc...) nas universidades, salvo alguns alemães que continuaram a majestade alemã nesse....etcetera, etcetera, etcetera.
Cansei de explicar. Rafael tinha razão, vcs devem estar batendo cabeça se leram até aqui...
Esse ensaiozinho sacaneta enchendo o saco dos situacionistas deve elucidar sobre a questão. Enfim um pouco de senso de humor nessas teorias.
How to talk like a Situationist
by Anonymous
1. Learn French. No self-respecting situationist would dream of not knowing it.
2. Always use the most obscure language possible. Get lots of big scholarly words from a dictionary and use them often.
Poor: "Things are bad."
Better: "The formative mechanism of culture amounts to a reification of human activities which fixates the living and models the transmission of experience from one generation to another on the transmission of commodities; a reification which strives to ensure the past's domination over the future."
3. In particular, the words "boredom" (as in "there's nothing they won't do to raise the standard of boredom"), "poverty" (of the university, of art), and "pleasure" are important tools in the young situationist's kit, and use of them will greatly enhance your standing in the situationist community.
4. Make frequent reference to seventy year-old art movements like Dada and Surrealism. Work the subject into your conversations as often as possible, however irrelevant.
5. Vehemently attack "The University" and "Art" whenever possible (phrases like "the scrap-heap of Art" or "the stench of Art" are particularly effective). Attend as prestigious a school as possible and make sure your circle of friends contains no less than 85% artists.
6. Cultivate a conceit and self-importance bordering on megalomania. Take credit for spontaneous uprisings in far-flung corners of the world, sneer at those who oppose or disagree with you.
7. Denounce and exclude people often. Keep your group very small and exclusive -- but take it for granted that every man, woman, and child in the Western Hemisphere is intimately familiar with your work, even if no more than ten people actually are.
8. Detournement: Cut a comic strip out of the paper (serious strips like 'Terry and the Pirates' and 'Mary Worth' are preferred), and change the dialogue. Use lots of situationist language. What fun!
9. Use Marxian reverse-talk. This is a sure-fire way of alerting people to the fact that you are a situationist or are eager to become one: "the irrationality of the spectacle spectacularises rationality," "separate production as production of the separate."
10. Invoke "the proletariat," factories, and other blue-collar imagery as often as possible, but do not under any circumstances asociate with or work with real proletarians. (Some acceptable situationist jobs are: student, professor, artist.)
11. By all means avoid such repugnant proletarian accoutrements as: novelty baseball hats, rock group T-shirts, 'Garfield' or 'Snoopy' posters (no matter how "political"), and vulgar American cigarettes like 'Kent' or 'Tareyton'.
A arte dos blogs
Todo dia navego essa internet inteira atrás de novos projetos e novas fontes de informação e principalmente atrás de imagens que posso roubar. Quem me conhece sabe que sou ladra de imagens de carteirinha. Na maior parte do tempo caio em blogs de artistas ou meta-blogs que procuram juntar esse povo todo que usa o blog como obra de arte, ou como cano de escape para poesias reprimidas. De qualquer maneira, a noção de blog como forma de arte já está começando a se sedimentar de forma que tornou-se fundamental a criação desses blogs que abrigam links para os blogs-arte, e que no fundo, são uma obra de arte em si.
Blog Art
Este está meio parado por enquanto, mas os arquivos valem a pena.
O ¿Blog? project acts (is envisioned to act) as a platform for an open discussion on the topic and as a pool for submitting works. No-org.net invites submissions of art projects making use of blog as a tool, subject, or both as well as texts investigating the blog-art interplay in a broad sense.
Blog Art
Este está meio parado por enquanto, mas os arquivos valem a pena.
O ¿Blog? project acts (is envisioned to act) as a platform for an open discussion on the topic and as a pool for submitting works. No-org.net invites submissions of art projects making use of blog as a tool, subject, or both as well as texts investigating the blog-art interplay in a broad sense.
21.8.05
ø
Meu querido Rafael Galvão,
Sabendo que você é apenas um paraíba (sic.), gostaria de comentar sobre a minha passagem no seu Diário do Rio, aliás, post longo e demasiado interessante, que eu, como mera descendente de holandeses( a despeito de meus tamancos), tive o prazer de ler, e encontrar o meu nomezinho lá, além de poder refrescar a memória de uma noite realmente inesquecível com fellow blogueiros que leio frequentemente.
Eu sei que o Rafael é um rapaz modesto porém ferino nas palavras ainda que adocicado por um melodioso falar matogrossense. Tive o imenso prazer de sentar ao seu lado no Amarelinho, reduto áureo da boemia do centro carioca e lugar definitivo dos encontros bloguísticos cariocas. Mas não sei se é porque blogueiro passa muito tempo no computador, mas eu nunca vi tanto homem, assim dizendo em bom norueguês...nø øssø. Eu sei que não existe uma lapona em cada esquina do Rio de Janeiro, muito menos em Maceió onde vive o nosso ilustre blogueiro supra-mencionado linhas acima, mas juro que fiquei impressionada, como toda boa filha de belgas ficaria...
Citando o post do nosso amigo piauiense em itálico e costurando no meio de suas distintas palavras:
Enquanto eu olhava para a língua tripartida do Bia,
...aliás, süper sexy....
a Isabel apareceu.
essa sou eu!
A Isabel tem cara de sueca mandona.
Até aí, gostei. Enquanto a Carol empunhava aquele chicotinho no Amarelinho, eu a observava e pensava -- será que ela sabe usar isso tão bem quanto eu? Até porque ninguém sabe que me chamam por aí de Loba Má.
Como para mim sueca e alemã é a mesma coisa,
...e para mim baiano, sergipano, e boliviano é tudo paraíba sem pescoço e inguenorante,
a Isabel tem cara de guarda feminina de campo de concentração nazista.
e você queria ter sido um judeuzinho sob minha tutela, não é, malvadinho?
Meu tipo, minha tara inconfessável.
Coisa de quem leu muita revistinha pornô sueca na adolescência. Quantas vezes eu já tive que ouvir isso e aguentar pelo menos 5 minutos de conversa com o cara olhando pra mim meio babando e fazendo flashback mental das fotos pornôs na cabeça, achando que toda sueca é ninfomaníaca. A cantada que geralmente segue dá pena e nem vale a pena comentar. Sem falar no comentário-clichê-de-quem-não-tem-nada-mais-o-que-dizer: "tem muito suicídio na suécia, né?". seguida da típica pergunta: "como é a vida em genebra?" É como se eu tivesse perguntado se a capital do brasil era buenos aires, se os macacos de estimação brasileiros sentam-se à mesa com os donos, e que horror viver em um país em que crianças são chacinadas todos os dias nas praias de ipanema.
Mas ela é artista, e todo artista fala umas coisas esquisitas e sempre mete Derrida no meio
Derri-who?
, e eu não entendi lhufas do que ela falou.
até que eu me lembre era português o idioma da conversa. não é isso que falam lá na sua cidade natal de Palmas?
Ela falava e eu fazia "hum-hum" e tentava passar uma imagem de inteligente: a gente faz uma cara de quem não está entendendo porra nenhuma e balança a cabeça, assim como se tivesse Parkinson. Não colou.
Eu achei mesmo que você tinha um tique estranho, rapaz. Agora entendi!
Tenho que ensaiar mais.
Tenta abrir um blog. Talvez funcione.
Perdi duas horas dando em cima dela. Passava a mão na sua coxa e ela me dava um toco. Passava a mão no seu braço e ela virava a mão no meu nariz. Passava a mão nos seus cabelos e ela derramava um copo de chope em cima de mim. Ainda não tenho certeza, mas algo me diz que a Isabel não foi com a minha cara.
Francamente, depois de você me chamar de nazista, você acha que tem alguma chance?
Sabendo que você é apenas um paraíba (sic.), gostaria de comentar sobre a minha passagem no seu Diário do Rio, aliás, post longo e demasiado interessante, que eu, como mera descendente de holandeses( a despeito de meus tamancos), tive o prazer de ler, e encontrar o meu nomezinho lá, além de poder refrescar a memória de uma noite realmente inesquecível com fellow blogueiros que leio frequentemente.
Eu sei que o Rafael é um rapaz modesto porém ferino nas palavras ainda que adocicado por um melodioso falar matogrossense. Tive o imenso prazer de sentar ao seu lado no Amarelinho, reduto áureo da boemia do centro carioca e lugar definitivo dos encontros bloguísticos cariocas. Mas não sei se é porque blogueiro passa muito tempo no computador, mas eu nunca vi tanto homem, assim dizendo em bom norueguês...nø øssø. Eu sei que não existe uma lapona em cada esquina do Rio de Janeiro, muito menos em Maceió onde vive o nosso ilustre blogueiro supra-mencionado linhas acima, mas juro que fiquei impressionada, como toda boa filha de belgas ficaria...
Citando o post do nosso amigo piauiense em itálico e costurando no meio de suas distintas palavras:
Enquanto eu olhava para a língua tripartida do Bia,
...aliás, süper sexy....
a Isabel apareceu.
essa sou eu!
A Isabel tem cara de sueca mandona.
Até aí, gostei. Enquanto a Carol empunhava aquele chicotinho no Amarelinho, eu a observava e pensava -- será que ela sabe usar isso tão bem quanto eu? Até porque ninguém sabe que me chamam por aí de Loba Má.
Como para mim sueca e alemã é a mesma coisa,
...e para mim baiano, sergipano, e boliviano é tudo paraíba sem pescoço e inguenorante,
a Isabel tem cara de guarda feminina de campo de concentração nazista.
e você queria ter sido um judeuzinho sob minha tutela, não é, malvadinho?
Meu tipo, minha tara inconfessável.
Coisa de quem leu muita revistinha pornô sueca na adolescência. Quantas vezes eu já tive que ouvir isso e aguentar pelo menos 5 minutos de conversa com o cara olhando pra mim meio babando e fazendo flashback mental das fotos pornôs na cabeça, achando que toda sueca é ninfomaníaca. A cantada que geralmente segue dá pena e nem vale a pena comentar. Sem falar no comentário-clichê-de-quem-não-tem-nada-mais-o-que-dizer: "tem muito suicídio na suécia, né?". seguida da típica pergunta: "como é a vida em genebra?" É como se eu tivesse perguntado se a capital do brasil era buenos aires, se os macacos de estimação brasileiros sentam-se à mesa com os donos, e que horror viver em um país em que crianças são chacinadas todos os dias nas praias de ipanema.
Mas ela é artista, e todo artista fala umas coisas esquisitas e sempre mete Derrida no meio
Derri-who?
, e eu não entendi lhufas do que ela falou.
até que eu me lembre era português o idioma da conversa. não é isso que falam lá na sua cidade natal de Palmas?
Ela falava e eu fazia "hum-hum" e tentava passar uma imagem de inteligente: a gente faz uma cara de quem não está entendendo porra nenhuma e balança a cabeça, assim como se tivesse Parkinson. Não colou.
Eu achei mesmo que você tinha um tique estranho, rapaz. Agora entendi!
Tenho que ensaiar mais.
Tenta abrir um blog. Talvez funcione.
Perdi duas horas dando em cima dela. Passava a mão na sua coxa e ela me dava um toco. Passava a mão no seu braço e ela virava a mão no meu nariz. Passava a mão nos seus cabelos e ela derramava um copo de chope em cima de mim. Ainda não tenho certeza, mas algo me diz que a Isabel não foi com a minha cara.
Francamente, depois de você me chamar de nazista, você acha que tem alguma chance?
Excelente Artigo
Hoje, através do Alexandre Sá (quando eu achar o link do blog dele eu coloco [lindas poesias]), colega de mestrado na UFRJ, um artigo do Folha Mais! (não sou assinante do Uol, portanto não tenho link)
São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2005
UM TEXTO SEM FIM
DA REDAÇÃO
A seguir, o professor do Museu Nacional explica como o projeto de um livro que já acumulava 600 páginas escritas se transformou num texto coletivo abrigado numa página da internet -num modelo de colaboração que, segundo ele, reflete melhor a criação acadêmica. "Toda produção intelectual é um processo em que se passa 95% do tempo falando a partir do que outros falaram."
Quem entra na página pode ler e, se quiser, modificar o texto livremente para, por sua vez, ter sua própria modificação também modificada, aceita ou rejeitada.
A obra de múltipla autoria funciona, ainda experimentalmente, há cerca de três meses -e conta com a colaboração de um grupo crescente de cientistas sociais- a partir do "texto-piloto", um dos capítulos do livro de autoria individual que se chamaria "A Onça e a Diferença".
Folha- Por quê transpor a obra para a internet?
Eduardo Viveiros de Castro - Já estou arrastando o rascunho desse livro desde quando publiquei o primeiro, em 2002. Comecei então a escrever a monografia sobre o perspectivismo, "A Onça e a Diferença", uma brincadeira com a aliteração sonora e com o conceito do [filósofo francês Jacques] Derrida "différance", que é difícil de traduzir e que já brinquei que, em tupinambá, seria "diferonça". Comecei a acumular anotações, notas e textos de conferências, citações e referências, criando um palimpsesto de 600 páginas, que eu não tinha coragem de arrumar e botar na rua. Foi quando tive a idéia de, em vez de publicar mais um livro solo, fazer um texto que refletisse melhor seu próprio regime de produção.
Toda produção intelectual, na verdade, é um processo em que se passa 95% do tempo falando a partir do que outros falaram, sejam os índios com quem conversamos, sejam colegas que escreveram. É uma situação borgeana em que se está sempre dentro de bibliotecas, escritas ou orais. Isso, na verdade, não aparece muito nos textos, por mais que o autor saiba disso. Os livros são autorados por uma única pessoa, têm começo e fim físicos, e fica por aí.
Quando comecei a acompanhar essas mudanças no regime de produção e de autoração e de apropriação intelectual usando os meios eletrônicos, comecei a divisar a possibilidade de que o regime coletivo que já existe fosse mais explicitado, num "livro" que fosse escrito por muitas pessoas ao mesmo tempo.
Uso uma dessas novas ferramentas, o "wiki", que é um tipo de website em que toda pessoa que acessa pode mudar o conteúdo do que lê e todas as outras pessoas que acessam podem ver essa modificação. Assim, não sou mais só eu que escrevo e não preciso colocar um ponto final. Todo livro tem como aspecto, por assim dizer, triste o fato de ser uma obra fechada, que uma vez publicada não pode incorporar a reação das pessoas.
Um texto eletrônico colaborativo está sempre sendo reeditado a partir das reações que ele suscita nas pessoas que vão entrando e que acabam assumindo um pouco da autoria também. Esse texto também é perspectivista, já que está interessado em como as diferentes perspectivas se conectam nesse processo de autoria múltipla. Decidi assim deixar o livro na geladeira por um tempo e iniciar um objeto em que minha participação é uma entre outras. Parafraseando a idéia indígena de que, se tudo é humano, então o ser humano não é tão especial assim, eu diria que então, se todos são autores, o autor não é tão especial assim. Especial é o texto.
Folha - As modificações ficam marcadas ou tudo se incorpora?
Viveiros de Castro - O princípio do "wiki" é de que é muito fácil modificar o que se lê, é fácil acrescentar textos mas também é muito fácil tirar. É fácil entrar e é fácil sair. É fácil também identificar quem mudou o quê, saber quem escreveu isso, aquilo. De alguma maneira as modificações são julgadas pelo resto da comunidade, essa multiplicidade virtual das pessoas que entram. Se as pessoas acham a modificação correta, ela vai ficando. Se elas acham ela inútil, ou nociva, vai ser retirada por alguém, que não precisa ser o administrador.
Folha - E quando isso começou?
Viveiros de Castro-Tem pouco tempo, dois ou três meses. As pessoas são tímidas -felizmente. São muito mais gentis e respeitadoras do texto alheio do que a gente imagina, mas aos poucos a coisa está embalando, e meu próprio aporte inicial vai se diluindo num palimpsesto de aportes, se tornando um texto de fato com multiplicidade autoral.
Folha - Dessas 600 páginas de seu aporte, quanto já entrou? Há um planejamento de como vai ser feita sua contribuição?
Viveiros de Castro - Tem pouca coisa. Por enquanto ainda tem muito a minha cara, por questões históricas, a maior parte dos textos que estão lá dentro fui eu que escrevi, mas cada vez tem mais gente participando e em algum momento indefinível vai ter virado um autor múltiplo.
Coloquei até agora um capítulo, de 30 a 40 páginas, daquele grande rascunho de 600. Minha idéia é ir inserindo pouco a pouco, mas sem me arriscar a prever uma velocidade, um ritmo.
São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2005
UM TEXTO SEM FIM
DA REDAÇÃO
A seguir, o professor do Museu Nacional explica como o projeto de um livro que já acumulava 600 páginas escritas se transformou num texto coletivo abrigado numa página da internet -num modelo de colaboração que, segundo ele, reflete melhor a criação acadêmica. "Toda produção intelectual é um processo em que se passa 95% do tempo falando a partir do que outros falaram."
Quem entra na página pode ler e, se quiser, modificar o texto livremente para, por sua vez, ter sua própria modificação também modificada, aceita ou rejeitada.
A obra de múltipla autoria funciona, ainda experimentalmente, há cerca de três meses -e conta com a colaboração de um grupo crescente de cientistas sociais- a partir do "texto-piloto", um dos capítulos do livro de autoria individual que se chamaria "A Onça e a Diferença".
Folha- Por quê transpor a obra para a internet?
Eduardo Viveiros de Castro - Já estou arrastando o rascunho desse livro desde quando publiquei o primeiro, em 2002. Comecei então a escrever a monografia sobre o perspectivismo, "A Onça e a Diferença", uma brincadeira com a aliteração sonora e com o conceito do [filósofo francês Jacques] Derrida "différance", que é difícil de traduzir e que já brinquei que, em tupinambá, seria "diferonça". Comecei a acumular anotações, notas e textos de conferências, citações e referências, criando um palimpsesto de 600 páginas, que eu não tinha coragem de arrumar e botar na rua. Foi quando tive a idéia de, em vez de publicar mais um livro solo, fazer um texto que refletisse melhor seu próprio regime de produção.
Toda produção intelectual, na verdade, é um processo em que se passa 95% do tempo falando a partir do que outros falaram, sejam os índios com quem conversamos, sejam colegas que escreveram. É uma situação borgeana em que se está sempre dentro de bibliotecas, escritas ou orais. Isso, na verdade, não aparece muito nos textos, por mais que o autor saiba disso. Os livros são autorados por uma única pessoa, têm começo e fim físicos, e fica por aí.
Quando comecei a acompanhar essas mudanças no regime de produção e de autoração e de apropriação intelectual usando os meios eletrônicos, comecei a divisar a possibilidade de que o regime coletivo que já existe fosse mais explicitado, num "livro" que fosse escrito por muitas pessoas ao mesmo tempo.
Uso uma dessas novas ferramentas, o "wiki", que é um tipo de website em que toda pessoa que acessa pode mudar o conteúdo do que lê e todas as outras pessoas que acessam podem ver essa modificação. Assim, não sou mais só eu que escrevo e não preciso colocar um ponto final. Todo livro tem como aspecto, por assim dizer, triste o fato de ser uma obra fechada, que uma vez publicada não pode incorporar a reação das pessoas.
Um texto eletrônico colaborativo está sempre sendo reeditado a partir das reações que ele suscita nas pessoas que vão entrando e que acabam assumindo um pouco da autoria também. Esse texto também é perspectivista, já que está interessado em como as diferentes perspectivas se conectam nesse processo de autoria múltipla. Decidi assim deixar o livro na geladeira por um tempo e iniciar um objeto em que minha participação é uma entre outras. Parafraseando a idéia indígena de que, se tudo é humano, então o ser humano não é tão especial assim, eu diria que então, se todos são autores, o autor não é tão especial assim. Especial é o texto.
Folha - As modificações ficam marcadas ou tudo se incorpora?
Viveiros de Castro - O princípio do "wiki" é de que é muito fácil modificar o que se lê, é fácil acrescentar textos mas também é muito fácil tirar. É fácil entrar e é fácil sair. É fácil também identificar quem mudou o quê, saber quem escreveu isso, aquilo. De alguma maneira as modificações são julgadas pelo resto da comunidade, essa multiplicidade virtual das pessoas que entram. Se as pessoas acham a modificação correta, ela vai ficando. Se elas acham ela inútil, ou nociva, vai ser retirada por alguém, que não precisa ser o administrador.
Folha - E quando isso começou?
Viveiros de Castro-Tem pouco tempo, dois ou três meses. As pessoas são tímidas -felizmente. São muito mais gentis e respeitadoras do texto alheio do que a gente imagina, mas aos poucos a coisa está embalando, e meu próprio aporte inicial vai se diluindo num palimpsesto de aportes, se tornando um texto de fato com multiplicidade autoral.
Folha - Dessas 600 páginas de seu aporte, quanto já entrou? Há um planejamento de como vai ser feita sua contribuição?
Viveiros de Castro - Tem pouca coisa. Por enquanto ainda tem muito a minha cara, por questões históricas, a maior parte dos textos que estão lá dentro fui eu que escrevi, mas cada vez tem mais gente participando e em algum momento indefinível vai ter virado um autor múltiplo.
Coloquei até agora um capítulo, de 30 a 40 páginas, daquele grande rascunho de 600. Minha idéia é ir inserindo pouco a pouco, mas sem me arriscar a prever uma velocidade, um ritmo.
18.8.05
Wi-Fi Art
Assim que uma nova tecnologia se torna predominante, lá vem um monte de artistas com idéias malucas e blogs também.
O Wi-Fi Art Blog apresenta uma série de projetos bem interessantes que utilizam a conexão Wi-Fi como meio de executar projetos de arte.
Isto também nos faz repensar o que é uma obra de arte em uma época em que as tecnologias são tão rápidas e sofisticadas, e também uma época em que o número de artistas se multiplica na mesma velocidade, assim como os tipos de arte.
Já que não podemos escapar da informação, e nem mesmo podemos parar de produzir informação, a questão torna-se como usar essa informação algo de poético que possa ser tão revelador quanto a arte que estamos acostumados a designar como "arte".
É claro, existem zilhões de bobagens, mas as poucas boas idéias são fascinantes.
O Wi-Fi Art Blog apresenta uma série de projetos bem interessantes que utilizam a conexão Wi-Fi como meio de executar projetos de arte.
Isto também nos faz repensar o que é uma obra de arte em uma época em que as tecnologias são tão rápidas e sofisticadas, e também uma época em que o número de artistas se multiplica na mesma velocidade, assim como os tipos de arte.
Já que não podemos escapar da informação, e nem mesmo podemos parar de produzir informação, a questão torna-se como usar essa informação algo de poético que possa ser tão revelador quanto a arte que estamos acostumados a designar como "arte".
É claro, existem zilhões de bobagens, mas as poucas boas idéias são fascinantes.
10.8.05
Otimo artigo
Eu sei que ler Artforum é coisa de artista wannabe, mas, fora os intermináveis anúncios das galerias, os artigos são excelentes. Este artigo do David Joselit é simplesmente uma obra-prima. Navigating the Territory: Art, Avatars and the Contemporary Mediascape é fenomenal.
"It's the electric whisper bleeding from earphones in subway cars, and it's the disarming experience of believing for a minute that the well-dressed guy talking to himself on the street is crazy—until you see his headset. Or it's the zombie dance, visible through the glass enclosure of a video arcade, of two adolescent boys whose virtual adventure is being conducted through their actual movements on a platform in front of a screen. These are the symptoms of a new spatial order: a space in which the virtual and the physical are absolutely coextensive, allowing a person to travel in one direction through sound or image while proceeding elsewhere physically. Imaginative projection is as old as the histories of art, theater, and literature—in other words, as old as humanity itself—but virtuality suggests the sensation of inhabiting such projections bodily. What makes our present moment distinctive is the degree to which devices such as the iPod, the cell phone, and the personal computer allow our bodies to occupy two places at once while, conversely, our physical environments function more and more as mediascapes composed not only of surfaces of print and electronic signage but also of the inhabitable three-dimensional signs of architectural branding.
This experience of straddling two or more locations simultaneously has caused the negotiation of both physical and virtual worlds to become increasingly disembodied, and, as with any cultural shift, this transformation has produced new opportunities for art. "Navigation" now describes how we move, and the term, given its dual associations with sea voyages and Internet surfing, perfectly captures the elision of physicality and virtuality. Beyond generating novel aesthetic responses, the experience of navigable space has led to a reconsideration, both among artists and art historians, of more literally territorial ecologies, particularly those of Land art. What is distinctive in "navigational" art, which encompasses not only Internet art but also much recent painting and sculpture, is not simply the association of virtuality with presence—which is implicit in any site-specific practice—but their confusion. "
continua...
"It's the electric whisper bleeding from earphones in subway cars, and it's the disarming experience of believing for a minute that the well-dressed guy talking to himself on the street is crazy—until you see his headset. Or it's the zombie dance, visible through the glass enclosure of a video arcade, of two adolescent boys whose virtual adventure is being conducted through their actual movements on a platform in front of a screen. These are the symptoms of a new spatial order: a space in which the virtual and the physical are absolutely coextensive, allowing a person to travel in one direction through sound or image while proceeding elsewhere physically. Imaginative projection is as old as the histories of art, theater, and literature—in other words, as old as humanity itself—but virtuality suggests the sensation of inhabiting such projections bodily. What makes our present moment distinctive is the degree to which devices such as the iPod, the cell phone, and the personal computer allow our bodies to occupy two places at once while, conversely, our physical environments function more and more as mediascapes composed not only of surfaces of print and electronic signage but also of the inhabitable three-dimensional signs of architectural branding.
This experience of straddling two or more locations simultaneously has caused the negotiation of both physical and virtual worlds to become increasingly disembodied, and, as with any cultural shift, this transformation has produced new opportunities for art. "Navigation" now describes how we move, and the term, given its dual associations with sea voyages and Internet surfing, perfectly captures the elision of physicality and virtuality. Beyond generating novel aesthetic responses, the experience of navigable space has led to a reconsideration, both among artists and art historians, of more literally territorial ecologies, particularly those of Land art. What is distinctive in "navigational" art, which encompasses not only Internet art but also much recent painting and sculpture, is not simply the association of virtuality with presence—which is implicit in any site-specific practice—but their confusion. "
continua...
9.8.05
O Tempo na Verbete
Em Junho fui convidada pelo Leonardo Ramadinha a participar da primeira edição da revista de arte online Verbete.
A cada edição, um verbete é escolhido e explorado por artistas, fotógrafos, e etc. Participam desta edição, EU, Patricia Gouvêa, Marco Antonio Portela, João Wesley, Claudia Tavares, Dani Soter, Leonardo Ramadinha, Marcos Bonisson, e muitos outros.
A primeira foi lançada só com convidados mas a próxima edição terá artistas escolhidos através de avaliação de portfolio. Mandem brasa.
A cada edição, um verbete é escolhido e explorado por artistas, fotógrafos, e etc. Participam desta edição, EU, Patricia Gouvêa, Marco Antonio Portela, João Wesley, Claudia Tavares, Dani Soter, Leonardo Ramadinha, Marcos Bonisson, e muitos outros.
A primeira foi lançada só com convidados mas a próxima edição terá artistas escolhidos através de avaliação de portfolio. Mandem brasa.
Fotolog voltou
Tirei o Loba má da geladeira.
Nos próximos dias, imagens de páginas do meu sketchboook Moleskine que fará parte da exposição My Moleskine em Tokyo, em outubro.
Pra quem ainda não sabe, o Moleskine é o sketchbook mais besta, e da melhor qualidade que eu jamais vi. Vem até com folheto explicativo dizendo como Picasso e Hemingway usavam esses mesmos livrinhos para rabiscar. Recebi uma caixa de moleskines que me bastarão pelos próximos 2 anos, para adicionar mais 10 cadernos aos 25 já existentes feitos nos últimos 12 anos.
Se pudesse viver de fazer meus sketchbooks, o faria. É o meu melhor.
Nos próximos dias, imagens de páginas do meu sketchboook Moleskine que fará parte da exposição My Moleskine em Tokyo, em outubro.
Pra quem ainda não sabe, o Moleskine é o sketchbook mais besta, e da melhor qualidade que eu jamais vi. Vem até com folheto explicativo dizendo como Picasso e Hemingway usavam esses mesmos livrinhos para rabiscar. Recebi uma caixa de moleskines que me bastarão pelos próximos 2 anos, para adicionar mais 10 cadernos aos 25 já existentes feitos nos últimos 12 anos.
Se pudesse viver de fazer meus sketchbooks, o faria. É o meu melhor.
What am i going to do today?
Não gosto muito de video-arte mas tem um vídeo que vi recentemente no Moderna Museet em Estocolmo que não me sai da cabeça. O vídeo ArtMusical de Annika Ström: Artist musical video ca 14 min -1997 interviews with artists in Berlin, New York, and London who are asked to talk about an artist they remember as an upcoming star" or an idol they admired some 5-10 years back and who now is out of the artscene or left it to pursue another interest. Meanwhile an artist (Annika Ström) sings and performes songs about her profession.
A video about fame desire and artist identity.
No vídeo ela cria musiquinhas meio ruinzinhas sobre as crises de artista e as músicas que ela mesmo compõe em um software barato desses só aumenta essa tensão.
Os títulos das músicas são:
What am i going to do today? A photo? A text? A drawing? I know: sing a song! la la la la la la la la
Am i Good or am I Bad?
What shall i do for my next show?
Why ain't i in that show?
Why don't you tell me my art sucks?
Ás vesperas de um semestre cheio de exposições, me sinto exatamente assim. Cheia dessas crises de artista.
Será que a mãe-de-santo resolve?
A video about fame desire and artist identity.
No vídeo ela cria musiquinhas meio ruinzinhas sobre as crises de artista e as músicas que ela mesmo compõe em um software barato desses só aumenta essa tensão.
Os títulos das músicas são:
What am i going to do today? A photo? A text? A drawing? I know: sing a song! la la la la la la la la
Am i Good or am I Bad?
What shall i do for my next show?
Why ain't i in that show?
Why don't you tell me my art sucks?
Ás vesperas de um semestre cheio de exposições, me sinto exatamente assim. Cheia dessas crises de artista.
Será que a mãe-de-santo resolve?
Triste
O meu melhor amigo e sócio está indo embora amanhã. Este puto é tão foda que entrou no doutorado de literatura latino-americana em Tulane por voto unânime.
E é claro, nem ele nem a blogosfera brasileira jamais esquecerá que fui EU quem incentivou ele a fazer um blog lá pelos idos de 2003 quando ele já estava na crise do casamento e num bloqueio de escritor. Mas também não vou esquecer que foi ELE quem me incentivou a virar consultora de usabilidade e juntos ganharmos nosso tostão em prol da nossas artes.
Sempre fomos comparsas, e apesar de um breve interlúdio de brigas, foi o Alex quem me ensinou a perdoar. Desde então tenho o amigo mais fiel e dedicado que pude imaginar. Não consigo nem começar a enumerar todas as viagens e papos que tivemos nestes últimos 15 anos.
Bem, o que me consola é pelo menos agora eu tenho um poodle infernal para visitar em Nova Orleans.
Boa viagem, Alex. Vou morrer de saudades.
E é claro, nem ele nem a blogosfera brasileira jamais esquecerá que fui EU quem incentivou ele a fazer um blog lá pelos idos de 2003 quando ele já estava na crise do casamento e num bloqueio de escritor. Mas também não vou esquecer que foi ELE quem me incentivou a virar consultora de usabilidade e juntos ganharmos nosso tostão em prol da nossas artes.
Sempre fomos comparsas, e apesar de um breve interlúdio de brigas, foi o Alex quem me ensinou a perdoar. Desde então tenho o amigo mais fiel e dedicado que pude imaginar. Não consigo nem começar a enumerar todas as viagens e papos que tivemos nestes últimos 15 anos.
Bem, o que me consola é pelo menos agora eu tenho um poodle infernal para visitar em Nova Orleans.
Boa viagem, Alex. Vou morrer de saudades.
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