27.4.04

O fantástico pelo que achei no meu umbigo

Eu aqui discorrendo sobre o fantástico pelo que achei crescendo dentro do meu umbigo como se fosse a nona maravilha do mundo pra dois minutos depois levar um baita de um murro na cara ao ler isto daqui:

Depois de um seculo de Isolamento, o grande lance do artista de hoje eh ir - ou notar - ou olhar - a area de CONFLITO. Digo, depois de tanto desconstrutivismo, iconoclastia, depois de tanta autopsia e de colocar cada fragmento de TUDO debaixo da lente de microscopio e de analisar tudo semioticamente (e, portanto, se isolar do publico) ainda vejo o artista "encantado" por ele/ela proprios....pelo que produzem.......pela sua arte....

Quando na verdade sua ARTE nada vale. HOJE, nesse preciso momento, onde o MUNDO passa pela mais DRASTICA reconfiguracao de valores (geopoliticamente, ideologicamente, religiosamente indo ate os fundamentalistas)....o ARTISTA deveria olhar em VOLTA e fazer uso dos MUROS, seja esse na ROCINHA, ou na faixa de GAZA e tracar analogias com aquele que ficou erecto em Berlim por tres decadas.
- Gerald Thomas

Sério, vou me matar já já de vergonha que tenho desses meus posts imbecis sobre o que é ou não é contemporâneo. No fundo não faz a menor diferença.

O último clichê da arte contemporânea é este:

13. Tentar definir a arte contemporânea
Artistas novatos (eu) que gastam preciosos pixels de tempo tentando entender (eu de novo) a contemporaneidade da arte enquanto um homem-bomba pode explodir a qualquer momento em algum ponto do planeta.

e não se fala mais nisso.